Enquanto caminhava pelo jardim, um imenso pavão exibia sua cauda cheia de cores, todo orgulhoso. Um corvo que observava a cena disse: – “Que belas penas, companheiro”.
O pavão, que era todo metido, desprezou o corvo: – “Como ousas te dirigir a mim, tu que és negro e agourento, ser desprezível?”.
O corvo não deixou por menos e respondeu à altura o desaforo do pavão: – “Você pode ter penas bonitas, mas eu não gostaria de ter os teus pés”.
“O que há com meus pés?”, indagou o pavão.
“São abertos, irregulares. Não servem para agarrar, mal lhe dão apoio para andar. Fique com suas penas coloridas que eu prefiro minhas garras sólidas!”, disse o corvo, se afastando e deixando o pavão pensativo.
Por falar em pé de pavão, temos aqui uma série de pés muito feios de seres humanos.